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22 de novembro de 2011

COMO FALAR DE DIETAS E FORMA FÍSICA EM INGLÊS





A atenção com a saúde vem crescendo nos últimos anos. Ganhar ou perder peso, malhar na academia, fazer cirurgia bariátrica (bariatric surgery), fazer lipo (have liposuction), estar em forma (be fit), são algumas das expressões sempre em destaque nas conversas, nos programas de TV, nos jornais e revistas mundo afora. Bom, e se você, de repente, precisasse falar de tudo isso em inglês? Daria conta do recado?
Para não deixar ninguém perdido – até mesmo os que já praticam conversação, preparei uma seleção de expressões com exemplos de uso muito comuns.
  • She is on a diet. [= Ela está de dieta.]
  • He decided to go on a diet. [= Ele decidiu fazer uma dieta.]
  • He put on weight after he stopped smoking. [= Ele ganhou peso depois que parou de fumar.]
  • What would make you lose weight? [ = O que te faria perder peso?]
  • We work out at the local gym once a week. [Nós malhamos na academia do bairro uma vez por semana.]
  • I’m fit and ready. [= Estou em forma e preparado.]
  • He’s going to have bariatric surgery. [Ele vai fazer uma cirurgia de redução do estômago.]
  • I’ve had liposuction and Botox and none of it works. [= Fiz lipoaspiração e botox e nada disso funcionou.]
Agora, confira algumas perguntas para você praticar, que vão ajudar a deixar o seu inglês em forma.
  1. Are you on a diet?
  2. Did you ever go on a diet? Tell us about it.
  3. Do you lose or put on weight easily?
  4. How often do you work out at a gym?
  5. Do you know anyone who had bariatric surgery or liposuction? Tell us about it.

9 de novembro de 2011

POEMA - VIDA COMPLICADA

VIDA COMPLICADA

A vida é complicada
Não da pra suportar
Vivendo uma fachada
Mas quero me libertar

Cada dia uma ilusão
Vivendo em agonia
Matando meu coração
Com essa melancolia

Dias mal vividos
Noites sem prazer
O sonho que foi perdido

De amar até morrer
Sofrer o que tenho sofrido
Não sei por que viver




BREVE ENSAIO SOBRE A EVASÃO ESCOLAR NA EJA

BREVE ENSAIO SOBRE A EVASÃO ESCOLAR NA EJA



ROBSON SILVA DOS SANTOS
robson_virtual@hotmail.com




 PARTE I

RESUMO



Este é um trabalho de pesquisa a partir de uma inquietação vivida na Escola Graciliano Ramos / Teotônio Vilela – Alagoas – 2011 que atua no cenário educacional com o Programa de Educação Básica de Jovens e Adultos – EJA no período noturno. Este estudo pretende entender a “evasão” de alunos na Educação de Jovens e Adultos - EJA, identificando suas possíveis causas e sobre o próprio acontecimento que por vezes possui razões que vão além do ambiente escolar. Ao final, pretendemos identificar as possíveis causas da “evasão” levantadas pelas fontes, refutar, ou não, as hipóteses levantadas, e, por fim, discutir sobre o assunto, na busca que levam ao entendimento acerca da vida destes sujeitos, pois apenas o oferecimento da oportunidade educacional pode não ser suficiente para a estadia e sucesso escolar destes alunos. A pesquisa foi realizada através de questões que buscam compreender o motivo principal levando-os a evadir da escola. Os alunos todos residentes no município de Teotônio Vilela e regiões adjacentes com faixa etária entre 17 e 65 anos, responderam a uma questão que tenta entender os motivos que podem causar a evasão.




PALAVRAS-CHAVE: EVASÃO ESCOLAR; ALUNO; EJA.




INTRODUÇÃO

A evasão escolar está entre os temas que historicamente faz parte dos debates e reflexões no âmbito da educação pública brasileira. Em face disto, as discussões acerca da evasão escolar, em parte, têm tomado como ponto central de debate o papel tanto da família quanto da escola em relação à vida escolar.
No que tange à educação, a legislação brasileira determina a responsabilidade da família e do Estado no dever de orientar a criança em seu percurso sócio-educacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB (1997:2), é bastante clara a esse respeito.
Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
            O que se vê é que cada vez mais a evasão escolar vem adquirindo espaço nas discussões e reflexões realizadas pelo Estado e pela sociedade civil, em particular, pelas organizações e movimentos relacionados à educação no âmbito da pesquisa científica e das políticas públicas, apesar de não ser uma questão consolidada. Diante do fato, inúmeras medidas governamentais têm sido tomadas para erradicar a evasão escolar, tendo como exemplos, a criação do programa bolsa-escola, a implantação do Plano Desenvolvimento Escolar (PDE), dentre outros, mas que não têm sido suficientes para garantir a permanência desses sujeitos e a sua promoção na escola. 
        A evasão escolar que, não é um problema restrito apenas a algumas unidades escolares, mas é uma questão nacional que vem ocupando relevante papel nas discussões e pesquisas educacionais no cenário brasileiro, assim como as questões do analfabetismo e da não valorização dos profissionais da educação expressa na baixa remuneração e nas precárias condições de trabalho. Devido a isto, educadores brasileiros, cada vez mais, vêm preocupando-se com os sujeitos/estudantes que chegam à escola, mas que nela não permanecem.
De maneira geral, os estudos analisam o fracasso escolar, a partir de duas diferentes abordagens: a primeira, que busca explicações a partir dos fatores externos à escola, e a segunda, a partir de fatores internos.

BREVE ENSAIO SOBRE A EVASÃO ESCOLAR NA EJA

PARTE II

I - PROPOSIÇÃO AO PROBLEMA


            Esta pesquisa foi realizada com base na investigação de fontes que tratam sobre a temática “evasão” escolar. Este é um trabalho de pesquisa de campo, a partir das implicações da evasão escolar na Escola Graciliano Ramos que atende os estudantes do II Segmento do Programa de Educação Básica de Jovens e Adultos “EJA” de Teotônio Vilela – Alagoas- 2011.  A iniciativa para a realização desse trabalho investigativo para a Educação de Jovens e Adultos – “EJA” – deu-se por conta da íntima relação construída com este público durante a convivência nesse ano de 2011 e na percepção de evasão por parte de alguns alunos.
            A questão norteadora para essa pesquisa foi: Por que este aluno para de frequentar as aulas, depois de ter tomado a iniciativa de voltar a estudar? E várias outras interrogações se apresentam na tentativa de entender a questão principal. Seria a metodologia utilizada em sala de aula que não condiz com o que o aluno precisa, seria a situação econômica, o local de trabalho, que, de repente, tornou-se um empecilho para sua continuidade? Ou ainda, a inexistência de apoio familiar? Entre outras. Na busca dessa compreensão percebemos que a situação reflete-se em fatores internos e externos ao ambiente escolar.
            Tais indagações aguçaram-me o pensamento e, como educador, gostaria de refletir acerca do fenômeno chamado aqui de “evasão”. Ao fazer uma revisão bibliográfica sobre o tema abordado, pudemos perceber que existe e persiste a demanda de produção de conhecimento sobre a área temática – EJA –, pois, segundo Arroyo (2006) o campo da EJA tem uma longa história, entretanto não é ainda um campo consolidado nas áreas de pesquisa, de políticas públicas e diretrizes educacionais, da formação de educadores e intervenções pedagógicas.
            Nesta pesquisa o que pretendeu-se foi, inicialmente, conhecer o perfil destes sujeitos que encontram-se num processo educativo que tem como um de seus objetivos atender às suas especificidades, partindo do pressuposto de Arroyo (2006):

Penso que a reconfiguração da EJA não pode começar por perguntar-nos pelo seu lugar no sistema de educação e menos pelo seu lugar nas modalidades de ensino. (...) O ponto de partida deverá ser perguntar-nos quem são esses jovens e adultos. (ARROYO, 2006, p.22)

            Levaremos em conta que os sujeitos desta modalidade de ensino, devido as mais variadas e diversas situações vividas em seu cotidiano, às vezes se deparam com períodos de interrupções nos estudos. Neste sentido, foram as razões destes períodos de interrupções dos estudos o objeto de estudo desta pesquisa: a chamada “evasão” de jovens e adultos em um Projeto do II Segmento.
            Portanto é necessário entender que dentre outros fatores, aproximações e semelhanças de sujeitos que, embora únicos em sua existência, compartilham de uma mesma realidade social. Sendo assim, temos em vista o que para assumir e manter a identidade de alunos, esses sujeitos, tendo no trabalho e na família a centralidade de suas vidas, acabam precisando arcar com custos objetivos e subjetivos diversos, e, em muitos casos, bastante altos; o que pode se tornar um empecilho na permanência dos estudos. Dessa maneira, o objetivo deste artigo é apresentar o estudo realizado sobre as possíveis causas da “evasão”.

PRECEITOS SOBRE OS FATORES EXTERNOS NA EVASÃO ESCOLAR

            Na abordagem que busca explicar o fracasso escolar a partir de fatores externos. Desigualdades sociais também presentes na sociedade brasileira, segundo ARROYO (1991:21), são resultantes das "diferenças de classe", e são elas que "marcam" o fracasso escolar nas camadas populares.

"É essa escola das classes trabalhadoras que vem fracassando em todo lugar. Não são as diferenças de clima ou de região que marcam as grandes diferenças entre escola possível ou impossível, mas as diferenças de classe. As políticas oficiais tentam ocultar esse caráter de classe no fracasso escolar, apresentando os problemas e as soluções com políticas regionais e locais”.
Em ampla revisão de literatura nacional e internacional sobre evasão BRANDÃO, BAETA & ROCHA (1983), citando os estudos de GATTI (1981), ARNS (1978) e FERRARI (1975), explicitam que "os alunos de nível sócio-econômico mais baixo têm um menor índice de rendimento e, de acordo com alguns autores, são mais propensos à evasão".
            O estudo desenvolvido por MEKSENAS (1998:98) sobre a evasão escolar dos alunos dos cursos noturnos aponta por sua vez que a evasão escolar destes alunos se dá em virtude de estes serem "obrigados a trabalhar para sustento próprio e da família, exaustos da maratona diária e desmotivados pela baixa qualidade do ensino, muitos adolescentes desistem dos estudos sem completar o curso secundário".

PRECEITOS SOBRE OS FATORES INTERNOS NA EVASÃO ESCOLAR

            Em oposição aos defensores dos fatores externos como determinantes da evasão, outros autores, apontam a escola como responsável pelo sucesso ou fracasso dos alunos das escolas públicas, tomando como base explicações que variam desde o seu caráter reprodutor até o papel e a prática pedagógica do professor.
            Diferentemente dos autores que apontam a criança e a família como responsáveis pelo fracasso escolar, FUKUI (in BRANDÃO et al, 1983) ressalta a responsabilidade da escola afirmando que "o fenômeno da evasão está longe de ser fruto de características individuais dos alunos e suas famílias. Ao contrário, refletem a forma como a escola recebe e exerce ação sobre os membros destes diferentes segmentos da sociedade".
            Para CHARLOT (2000), não existe o fracasso escolar, ou seja, não existe o objeto fracasso escolar, mas sim, alunos em situações de fracasso, alunos que não conseguem aprender o que se quer que eles aprendam que não constroem certos conhecimentos ou competências, que naufragam e reagem com condutas de retração, desordem e agressão, enfim histórias escolares não bem sucedidas, e são essas situações e essas histórias denominadas pelos educadores e pela mídia de fracasso escolar é que devem ser estudadas, analisadas, e não algum objeto misterioso, ou algum vírus resistente, chamado “fracasso escolar”.

BREVE ENSAIO SOBRE A EVASÃO ESCOLAR NA EJA

PARTE III
A EVASÃO NA ÓTICA DOS PROFESSORES

            Conforme os professores entrevistados, as razões para a evasão escolar dos alunos podem estar enraizadas na família, porém a falta de interesse é o ponto que mais merece destaque na opinião dos educadores.
No que se refere à família, destaca-se a sua não participação na vida escolar. Segundo os professores, a família é uma instituição carregada de problemas afetivos e financeiros.
            Quanto o fator que precisa ser ressaltado que é a falta de interesse dos alunos, os educadores entendem que é necessário tomar uma atitude metodológica que consiga atrair os alunos para a sala de aula, incentivando esses sujeitos, fazendo com que eles percebam a importância dos estudos em sua vida e a relevância de sua atuação em uma sociedade que sofre mudanças constatemente. Deste modo propiciar uma maior integração com os alunos é um ponto que pode ser um ponto positivo nessa possível causa de evasão.      De Acordo os  professores, esta evasão se dá por falta de interesse do aluno, da sua não participação nas atividades, da falta de perspectiva de vida, e da defasagem de aprendizagem trazida das séries anteriores.
            Além destes, os professores apontam ainda como determinantes da evasão, o uso de companhia fora do ambiente escolar. Essas companhias, segundo eles, consistem, por um lado, na formação de grupos para conversas durante o período de aulas, e por outro, nas relações estabelecidas com outros jovens fora do ambiente escolar que acabam fazendo com que os alunos deixem de freqüentar a escola ou de participar das atividades escolares.
 EVASÃO NA ÓTICA DOS ALUNOS

            Na visão dos alunos, a escola é uma instituição almejada e desejada, e é em razão disto que estes voltaram a estudar por decisão própria. Para eles, a escola é um espaço onde se constrói amizades, possibilita um “futuro melhor” e também realiza atividades prazerosas como ler, estudar e brincar.
Em relação à evasão escolar, os alunos mostram que esta não está dissociada da vida social, e que situações vivenciadas na família podem influenciar direta ou indiretamente em suas atitudes e decisões em relação à continuidade ou não dos estudos. Dentre as situações, os alunos apontaram doenças, desemprego, falta de interesse como problemas que impedem a continuação das aulas, além de outros motivos como segurança e acesso escola.

BREVE ENSAIO SOBRE A EVASÃO ESCOLAR NA EJA

PARTE IV

PROPOSIÇÕES ACERCA DA EVASÃO NA EJA
            A princípio foi realizada entre os estudantes uma pergunta com múltiplas escolhas privilegiando os principais motivos que poderiam causar a evasão escolar. Para entendermos melhor vejamos um modelo da questão que foi repassada aos estudantes, o objetivo era escolher entre as questões a alternativa principal que poderia fazê-los evadir da escola. Para chegarmos ao resultado final dessa pesquisa entrevistamos 40 alunos e 05 professores, além do questionário escrito houve uma conversa para maior entendimento do que se tratava de fato a pesquisa.
 Vejamos agora um gráfico que indica com mais clareza resultado da pesquisa
 
 Imagem 01 - Gráfico

A partir do gráfico podemos notar que alguns tópicos são considerados mais relevantes para os alunos e que poderiam afastá-los da escola. Porém é importante entender que esses alunos que buscam a (re)escolarização deixam marcas de contradição entre o seu discurso e a realidade. Os alunos reconhecem que estudar é importante, mas quando estão matriculados em um programa de EJA, o que se verifica é uma significativa taxa de infreqüência.
            Entretanto, cabe ressaltar que infrequência não está relacionada com o mesmo conceito de “evasão”. Para Campos (2003) a evasão escolar na EJA pode ser registrada como um abandono por um tempo determinado ou não. Diversas razões de ordem social e econômica concorrem para a “evasão” escolar dentro da EJA, transpondo a sala de aula e indo além dos muros da escola.
            Campos (2003) afirma que os motivos para o abandono escolar podem ser ilustrados quando o jovem e adulto deixam a escola para trabalhar; quando as condições de acesso e segurança são precárias; os horários são incompatíveis com as responsabilidades que se viram obrigados a assumir; evadem por motivo de vaga, falta de professor, falta de material didático e também abandonam a escola por considerarem que a formação que recebem não se dá de forma significativa para eles.
            Dessa forma, é importante observar que para se entender melhor a especificidade da EJA, se faz necessário o conhecimento do fenômeno “infrequência” como uma variável que pode ocasionar a inviabilidade dos cursos e programas para este público, bem como os motivos que levam estes jovens e adultos a serem infreqüentes. Devemos identificar e levar em consideração em que medida as expectativas trazidas por estes alunos vão ao encontro do compromisso de se manterem frequentes.
            Santos M. A. (2007) fez um estudo sobre a permanência de jovens e adultos no ambiente escolar. Ela afirma que é importante pensar o trabalho pedagógico da EJA de forma que o educando participe do desenvolvimento da sociedade. Sendo assim, nós, enquanto educadores temos a responsabilidade de criarmos uma dinâmica metodológica que atinja o interesse do educando, de maneira que a escola recupere seu objetivo social e supere o fracasso escolar, a repetência e a “evasão”. A autora ainda considera que diversos são os fatores que interferem no cenário escolar em forma de repetência e “evasão”, uma vez que ainda não há compreensão de que a função da escola não é somente ensinar ler e escrever. A mesma autora chama atenção para o fato de que o aluno de EJA é um aluno diferente, um pouco inseguro e, são as diversas derrotas vividas ao longo de um processo escolar, muitas vezes já iniciada no ensino regular, que irão abalar sua auto-estima. Para a autora, qualquer decepção, por mínima que seja sofrida na escola faz com que este sujeito abandone o ambiente escolar

Sendo assim, após analisarmos todos os fatores internos e externos citados pelos autores e ao analisarmos o contexto no qual a Educação de Jovens e Adultos está inserida, é importante observar a perspectiva que Arroyo (2006) assinala a seguir:

...os jovens e adultos continuam vistos na ótica das carências escolares: não tiveram acesso, na infância e na adolescência, ao ensino fundamental, ou dele foram excluídos ou dele se evadiram; logo propiciemos uma segunda oportunidade. (ARROYO, 2006, p.23).